20.12.11

PAPEIS QUEIMADOS NA CÂMARA DE ALTO RIO DOCE

Quase dois meses. Nenhuma resposta ainda foi dada pela Justiça sobre a ação do Ministério Público Estadual de Minas Gerais, através da Promotoria de Justiça da comarca de Alto Rio Doce, que requereu por meio de uma cautelar o pedido de busca e apreensão de documentos referentes à Câmara de Vereadores de Alto Rio Doce. A resposta no MP continua sendo a mesma: “o caso corre em segredo de Justiça”. Mas, sabe-se, porém, que os vereadores foram chamados a prestarem esclarecimentos à Promotoria. E, de novo no caso, somente que, no último dia 6 de dezembro, a Polícia Civil foi chamada à Câmara e de lá levou apenas cinzas de documentos que teriam sido queimados, no dia anterior, no fundo da Casa do Povo. Nenhum detalhe foi fornecido pela Justiça sobre a ação. Vale lembrar que, documentos públicos não podem ser queimados. Fica agora a expectativa para saber de onde saíram os papeis que foram queimados.
A denúncia sobre as irregularidades nos gastos da Câmara teria partido do vereador José de Paiva Oliveira (Zezé dos Luís Santos), Seria um rateio com a sobra do dinheiro que deveria ser devolvido pela Câmara à Prefeitura, mas era dividido entre quase todos os vereadores e lançado em caixa como sendo “despesas com diárias de viagens”. Só no ano de 2009, o desvio de verba do povo por parte dos vereadores seria de R$ 120 mil.
Na apuração dos fatos, a promotora de Justiça responsável pelo inquérito civil, Giovanna Attanasio, ouviu os primeiros esclarecimentos dos vereadores, nos dias 22 e 23 de novembro. A Polícia Civil também abriu inquérito para apurar possíveis irregularidades cometidas pelos vereadores de Alto Rio Doce.
O site www.altoriodoce.com publicou que, somente no último mês de abril, foram gastos, pela Câmara, R$ 18 mil com despesas de viagens. Como o valor máximo da diária é de R$ 150, teriam sido realizadas 120 viagens, naquele mês, pelos vereadores.

 

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